23º Madeira Islands Open BPI

LIMA E CRUZ ÁS PORTAS DO TOP-10

23º Madeira Islands Open - Portugal - bpi

Data: 30 a 2 de Agosto 2015
Campo: Santo da Serra
Par : 72
Local : Madeira, Portugal

Leaderboard

 

Filipe Lima e Tiago Cruz colocaram-se hoje (Sábado) no 11º lugar, empatados às portas do top-ten da 23ª edição do Madeira Islands Open Portugal BPI, que continua a ser liderado pelo sueco Pontus Widegren, um amigo de Pedro Figueiredo, dos tempos universitários em Los Angeles. 

Hoje viveu-se o melhor dia do torneio português do European Tour, de 600 mil euros em prémios monetários, a contar para os rankings mundial e olímpico, e ainda para a Corrida para o Dubai e para a Corrida para Omã. 

O Clube de Golfe do Santo da Serra amanheceu soalheiro, quase sem vento, a convidar àquilo que se chama na gíria golfística de “moving day”.

 

Como explicou Pedro Figueiredo, «as condições estavam perfeitas, os greens em excelentes condições, havia mais birdies por aí fora». A consequência foi 39 dos 65 jogadores que tinham passado o cut ontem terem batido hoje o Par-72 do combinado dos percursos Machico e Desertas. 

Portanto, mais do que jogar abaixo do Par, era preciso fazer uma chuva de birdies e até alguns eagles, como sucedeu com o sueco Pontus Widegren, que carimbou 2 eagles e 3 birdies (para além de 2 bogeys) para se isolar no comando da prova. 

O amigo de Pedro Figueiredo, dos tempos da UCLA (Universidade California Los Angeles), de 24 anos, totaliza 16 pancadas abaixo do Par, após voltas de 67, 66 e 67, dispondo 1 de vantagem sobre o finlandês Roope Kakko (que fez a melhor volta do dia, em 64) e o escocês Scott Henry (65), o vice-campeão na Madeira em 2014. 

«Num evento deste nível, é a primeira vez que vou para uma última volta a liderar e no último grupo», avisou o jogador de Estocolmo. 

«Os nervos serão um fator a ter em conta amanhã. Desde criança que sonho em jogar no European Tour, pelo que estou muito feliz de estar nesta situação», acrescentou a antiga estrela do “Bruins” no circuito universitário norte-americano, que nunca venceu nem no Challenge nem no European Tour. 

Recorde pessoal de Tiago Cruz

E se o líder vai viver amanhã uma situação inédita, também Tiago Cruz poderá alcançar amanhã a sua melhor classificação de sempre em torneios do European Tour, sem colocar de lado a hipótese de poder lutar pelo título. 

«Hoje foi uma grande recuperação, se voltar a fazer amanhã um bom resultado como o de hoje acho que tenho hipóteses de chegar ao 1º lugar», asseverou o campeão nacional. 

Tiago Cruz foi o único português a aproveitar as condições de jogo para concretizar o tal “moving day”, acabando mesmo por selar um recorde pessoal, a sua melhor volta de sempre em torneios do European Tour, igualando o seu melhor ‘score’ em etapas do Challenge Tour. 

O português de 32 anos tinha prometido jogar hoje ao ataque e foi o que fez, com 7 birdies, sem sofrer qualquer bogey. Entregou um cartão de 65 pancadas, 7 abaixo do Par, totaliza 9 abaixo do Par (voltas de 73, 69 e 65) e está a 7 do comandante. 

No European Tour, a sua melhor volta antes de hoje fora 5 abaixo do Par na segunda volta do Portugal Masters de 2012. No Challenge Tour já conseguira -7 em torneios de nível inferior ao madeirense, na terceira volta do MAN NO Open de 2007 e na quarta volta do Telenet Trophy em 2008. 

«Não me lembro de quando foi a última vez que jogámos aqui assim, com um dia com pouco vento e sol. Temos de aproveitar quando assim é para fazer uma boa volta. Joguei drive em todos os buracos e tinha de ser assim para subir na classificação, era preciso atacar. Tive a sorte do meu lado e fiz muitos birdies», regozijou-se Cruz, que este ano já venceu três torneios, no Algarve, em Espanha e nos Açores. 

O melhor Filipe Lima de 2015 

Tiago Cruz e Filipe Lima estão no grupo dos 11º classificados e se Cruz melhorou 44 posições, Lima manteve-se na que ocupava aos 36 buracos, depois de hoje jogar em 69 (-3), para juntar às 68 de ontem e às 70 do primeiro dia. 

Não foi a volta com que sonhava o português residente em França: «Foi um dia em que não aconteceu nada de bom. Fiz birdies porque estava (a “patar”) para eagle. De resto, nada, foi sempre andar à espera, à espera (que os putts caíssem)». 

No entanto, como ele próprio reconheceu, «3 abaixo do Par é bom» e fica o consolo de ter a consciência de estar a jogar o seu melhor golfe da época, superior mesmo ao exibido no Quénia, onde alcançou o seu único top-ten da época: «O meu nível de jogo é de certeza o melhor. No Quénia calhou aquele primeiro dia em que aconteceu tudo ótimo, mas o resto não foi nada de fantástico. Já aqui estou a jogar mesmo certo, não falho nenhum shot. Tive imensas oportunidades para eagle e (a bola) nunca entrou, mas os putts também estão bons, pelo que tenho é de ter paciência». 

Tal como Cruz, Lima admite poder lutar pelo título amanhã, mas julga que as hipóteses serão escassas: «No golfe tudo é possível e temos sempre esperança de que possa acontecer qualquer coisa, mas (a desvantagem) já é um bocadinho. Vamos é tentar colocar dois portugueses no top-ten, o que já seria muito bom». 

Melo Gouveia, Santos e Figueiredo só querem subir na classificação 

Se Lima e Cruz ainda falam na miragem do título, os restantes portugueses que passaram ontem o cut sabem que só lhes resta amanhã acabarem em grande e subirem na classificação. 

Sendo o Madeira Islands Open Portugal BPI o Major do Challenge Tour, tem uma enorme influência na Corrida para Omã e todos eles têm grandes objetivos nesse ranking. 

Ricardo Santos fez o mesmo resultado de Filipe Lima, 69 (-3), subiu 20 lugares para o grupo dos 35º classificados, com um agregado de 5 abaixo do Par (66+76+69). 

«Foi uma volta em que desejaria mais. São 3 abaixo do Par mas houve muitas oportunidades de birdie que ficaram no caminho. Amanhã terá de ser uma volta extraordinária e é pena porque hoje estava um dia propício a uma grande volta», lamentou-se o campeão do torneio de 2012, que jogou pela primeira vez no European Tour ao lado de Pedro Figueiredo. 

«Foi a primeira vez que joguei no mesmo grupo com ambos (Ricardo Melo Gouveia nos dois primeiros dias e Pedro Figueiredo hoje). Realmente, tanto o Ricardo como o Pedro impressionaram-me pela tranquilidade e calma. Acho que o Pedro aproveita bastante o jogo dele, até mais do que o Ricardo e aprendi algo com eles nestes três dias», reconheceu. 

Pedro Figueiredo e Ricardo Melo Gouveia carimbaram voltas de 71 (-1), mas as suas situações são bem distintas. 

“Figgy” ascendeu 5 posições, para 50º empatado, com um total de 3 abaixo do Par (73+69+71) e arrependeu-se de não ter conseguido aproveitar o bom início de volta: «Ia com 3 abaixo ao fim de 11 buracos e acabei por fazer 2 bogeys nos últimos sete, portanto, senti que poderia ter sido uma volta bastante melhor, mas com uma volta abaixo do Par não posso ficar muito chateado». 

“Melinho”, por seu lado, tombou 6 posições para 35º empatado e disse adeus ao seu desejo de conquistar um terceiro título no Challenge Tour e um primeiro no European Tour. 

«Agora é tentar acabar o mais lá em cima possível no leaderboard, tentar fazer uma boa volta amanhã», resignou-se, depois de uma terceira volta que foi uma autêntica montanha russa, com 1 eagle (chip-in a 50 metros no buraco 10 que bateu na bandeira), 2 duplos-bogeys (chip e 2 putts no 5 e bola na água no 11), 5 birdies e 2 bogeys. 

«Não estive mais uma vez no meu melhor. Sempre que recuperava, como, por exemplo, no 10, onde fiz 1 eagle, acabava por fazer outro erro a seguir e foi difícil de ganhar algum ritmo de jogo para fazer birdies seguidos. Mas foi bom ter acabado com 2 birdies (nos últimos três buracos)», declarou o n.º1 do Challenge Tour. 

A jornada acabou com um churrasco oferecido pela organização, no qual brilhou o campeão de 2007, Daniel Vancsik, ou não fosse ele argentino – um especialista a grelhar carne! 

O Madeira Islands Open Portugal BPI iniciou-se com 156 jogadores oriundos de 23 países; foi reduzido ontem para 65 participantes e a última jornada realiza-se amanhã (Domingo), a partir das 08h50, com saídas dos buracos 1 e 10, pelo que se prevê uma cerimónia de entrega de prémios cerca das 15 horas. 

Declarações Dia 3

Fonte: Gabinete Imprensa Madeira Islands Open
1 de Agosto 2015

 

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Revised: 02-08-2015 .